Distinção entre Surdez e Autismo

No programa Acessibilidade, exibido na quarta-feira (8 de janeiro), pelo canal da Igreja Cristã Maranata no YouTube, a apresentadora Leonice Rocha recebeu a Dra. Raquel Gerke, fonoaudióloga, para abordar um tema de grande relevância para as famílias: a distinção entre surdez e autismo. O episódio destacou a importância da atenção aos sinais precoces dessas condições, com base no texto de Apocalipse 3:13: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”

Durante o programa, foi apresentado um panorama sobre as diferenças entre a deficiência auditiva e o autismo, destacando que ambas possuem desafios específicos que precisam ser compreendidos. Segundo dados do IBGE, 5% da população brasileira apresenta algum grau de deficiência auditiva. Em paralelo, informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que existem 70 milhões de autistas no mundo, dos quais cerca de 2 milhões estão no Brasil.

A Dra. Raquel explicou que a deficiência auditiva pode ser causada por fatores como infecções durante a gestação, complicações no parto, predisposições genéticas ou até mesmo exposições a ruídos intensos. Para identificar possíveis problemas auditivos desde cedo, o programa ressaltou a importância do Teste da Orelhinha, um exame garantido pela Lei 12.303 de 2010, que deve ser realizado em todos os recém-nascidos. Essa medida é essencial para uma intervenção precoce, capaz de transformar a trajetória de vida dessas crianças.

Ao tratar do autismo, a Dra. Raquel trouxe esclarecimentos sobre as características do transtorno, que incluem dificuldades no processamento das informações, desafios emocionais e no desenvolvimento motor, além de atrasos na fala. O autismo, mais do que uma condição isolada, reflete uma visão peculiar de mundo, e cada indivíduo apresenta suas próprias particularidades.

A Bíblia nos ensina a valorizar a sensibilidade e a vigilância espiritual. Assim como somos chamados a ouvir a voz do Espírito, é fundamental que os pais estejam atentos ao desenvolvimento de suas crianças. Observando sinais como atrasos na fala, dificuldade de socialização ou reações incomuns a sons, é possível buscar auxílio especializado e oferecer às crianças o cuidado que necessitam.

Desde 2019, o censo demográfico brasileiro passou a incluir dados relacionados ao autismo, um avanço importante para compreender a realidade das famílias e para formular políticas públicas que atendam às suas necessidades. Essa conquista nos lembra da importância de trabalhar com amor e perseverança, buscando acolher e apoiar aqueles que enfrentam desafios tão específicos.

O programa também reforçou que a identificação precoce, tanto no caso da deficiência auditiva quanto no autismo, é um ato de cuidado que reflete o amor de Deus pelas crianças. Pais e responsáveis são chamados a desempenhar esse papel com dedicação, sempre buscando orientação médica e espiritual.

A palavra do Senhor nos convida a sermos atentos: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22:6). Que essa mensagem nos inspire a cuidar de nossas crianças com zelo, buscando compreender suas necessidades e oferecendo todo o suporte para que cresçam saudáveis e felizes.

Por fim, o programa Acessibilidade destacou que ouvir e compreender são atos que vão além da audição física. Trata-se de um convite para que estejamos sensíveis às necessidades ao nosso redor, ouvindo com o coração e agindo com amor. Que o Senhor nos guie para que possamos cumprir esse chamado em nossas famílias e no nosso viver diário.

Assista ao vídeo abaixo:

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